Horta na laje membros  da Associação das Mulheres/Instituto Escola do Povo/União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.

Projeto Horta na Laje vence o Prêmio GEEIS-SDG, em Nova York

Published on : 18-09-2019
  • São Paulo, 18 de setembro de 2019

    A Sodexo, por meio do Instituto Stop Hunger, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, criada e mantida pela companhia com a missão de combater a fome e a má nutrição foi a grande vencedora do Troféu GEEIS-SDG  (Gender Equality European & International Standard – Sustainable Development Goals) com o projeto Horta na Laje!

    A premiação, realizada na última segunda-feira (16/09) reuniu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, empresas como a própria Sodexo, Danone, L’Oréal e Orange, que também concorreram ao prêmio. Cada empresa apresentou até dois projetos, de qualquer lugar do mundo, sendo apenas um selecionado pelo júri liderado por Cristina Lunghi, fundadora da Arborus, e composto por nomes de peso como: Nicole Ameline, ex-ministra francesa e vice-presidente da CEDAW (Comitê da ONU para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher); Laura Palmerio, especialista do Pacto Global; Mara Marinaki, Embaixadora e principal conselheira do Serviço Europeu para equidade de gênero; Sonia Ramzi, ex-braço direito do Dr Boutros-Ghali (ex- secretário geral das Nações Unidas) e especialista da UNESCO; e Bertrand Frot, representante do Programa de Desenvolvimento da ONU.

    De acordo com Andreia Dutra, Diretora-Presidente da Sodexo On-site Brasil e Presidente do Instituto Stop Hunger no Brasil, a Sodexo é uma empresa que realiza ativamente a equidade de gênero em seu quadro de colaboradores, por meio de iniciativas de inclusão e conscientização sobre o tema. “É uma honra para a Sodexo receber um prêmio tão importante como este. Ele só confirma a importância da nossa atuação, por meio do Horta na Laje, gerando reconhecimento para um projeto com a cara do Brasil”.

    O Horta na Laje é uma das iniciativas do Instituto Stop Hunger que apoia mulheres de uma das maiores comunidades em situação de vulnerabilidade social do país, oferecendo oportunidades de geração de renda, prática de hábitos mais saudáveis de alimentação e, também, a transformação social por meio do empoderamento feminino. “Capacitar e desenvolver mulheres é essencial para erradicação da fome, pois há uma relação direta entre
    o crescimento social das mulheres e o progresso da luta contra a fome” salienta Dutra.

    Troféu GEEIS-SDG demonstra a ligação inseparável entre o SDG5 (a igualdade de gênero – em particular a questão da igualdade no local de trabalho) e a salvaguarda do planeta e da paz no mundo, conforme capturado pelos outros ODS. Este reconhecimento será concedido apenas a empresas certificadas pelo GEEIS e signatárias das convenções internacionais do Pacto Global e Princípios de Empoderamento das Mulheres.

    “Estamos convencidos de que precisamos mudar o paradigma para ter uma sociedade mais igualitária e pacífica. E o ponto crucial dessa mudança é o empoderamento das mulheres, para que elas possam alcançar igualdade real com os homens. É por isso que criamos o GEEIS, para orientar, estruturar e avaliar políticas de igualdade e inclusão de empresas em todo o mundo. A GEEIS já leva em conta os objetivos do G7, G20 e Beijing + 25 sobre desenvolvimento sustentável com e por mulheres”, explica Cristina Lunghi, fundadora da Arborus.

    O que é o Horta na Laje?
    Desenvolvida em Paraisópolis, uma das maiores comunidades da cidade de São Paulo, a iniciativa tem como objetivo capacitar moradores, especialmente mulheres, a produzirem o próprio alimento por meio do ensino de técnicas de plantio em vaso ou recipientes plásticos,
    para que sejam capazes de cultivar as hortaliças em suas casas. Dessa forma, o projeto propicia uma fonte de alimentação saudável e segura, bem como condições para a geração de renda e a transformação da região em um ambiente sustentável e com qualidade de vida, uma vez que a agricultura na laje ajuda a diminuir a temperatura da casa, em alguns casos com uma diferença de 3 a 4 graus.

    Desde 2017, ano de sua fundação, o projeto já capacitou mais de três mil moradores, a maioria mulheres, e recebeu mais de quatro mil visitantes, do Brasil e do exterior, interessados no projeto e em conhecer a comunidade. O restaurante Bistrô e Café Mãos de Maria, que serve comida típica brasileira e também oferece oficinas de culinária com viés empreendedor, está instalado no mesmo espaço do projeto, que fornece insumos diários para o cardápio do restaurante. A inciativa conta ainda com a parceria da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, a Associação de Mulheres de Paraisópolis e o Instituto Escola do Povo.