mulher alimenta casal de idosos

Rotina alimentar: importância para a saúde e como implementar em hospitais

Published on : 30-11-2022
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  • A rotina alimentar é fundamental para a recuperação de pacientes nos hospitais. Entenda a relação entre essas práticas e veja como adotar no dia a dia.

    A rotina alimentar é um dos pilares para o aprimoramento dos cuidados hospitalares, além de ser aliada da recuperação integral dos pacientes, deve ser devidamente planejada nas instituições.

    Muitas pessoas podem acreditar que a nutrição exerce apenas um papel básico de sobrevivência, mas essa prática traz uma série de benefícios para o corpo e para a mente de hospitalizados.

    Por esse motivo, é essencial incentivar costumes saudáveis em centros de saúde, e promover refeições planejadas para os pacientes.

    Rotina alimentar: o que é?

    A rotina alimentar consiste no hábito de fazer refeições saudáveis, nos momentos certos, de modo a atender as necessidades do organismo em cada período do dia.

    Comer bem é fundamental para que o nosso sistema funcione de maneira eficiente e se mantenha forte, cumprindo todas as atividades que precisamos realizar, desde andar e pensar, utilizar o raciocínio lógico ou usar os músculos.

    No entanto, o corpo humano precisa de diferentes grupos de nutrientes em cada período, para poder, de fato, atender às demandas diárias.

    Por exemplo, o período noturno exige menos queima de calorias para transformar em energia, uma vez que é o momento em que o sistema costuma descansar. Por outro lado, durante a manhã, quando acordamos, precisamos de mais vigor.

    Suprir corretamente essas exigências é o papel da rotina alimentar, que ajuda a processar vários grupos de nutrientes da forma correta.

    Entendendo sobre a crononutrição

    Inclusive, a rotina alimentar pode ser associada à crononutrição, área responsável por unir a nutrição e a cronobiologia. 

    Basicamente, elas se contemplam no aspecto do estudo do melhor horário para cada tipo de refeição, desde o momento do sono à hora dos alimentos de intervalo durante a tarde.

    Tudo isso para conseguir entender com o corpo de cada indivíduo funciona em ritmos diferentes de manhã, tarde e noite. 

    Cada metabolismo possui um funcionamento diferente, com suas próprias particularidades e formas de responder à ingestão dos alimentos em determinados horários.

    É isso que a crononutrição avalia, o relógio biológico de cada pessoa para entender como seu organismo funciona.

    Essa prática, unida à rotina alimentar, permite que os profissionais entendam qual o melhor momento para o paciente realizar as refeições, visando benefícios como acelerar sua recuperação e ter uma resposta mais positiva do corpo.

    A importância da rotina alimentar para a saúde

    Manter uma rotina alimentar consistente através de uma engenharia de cardápio eficiente é essencial para melhorar o desempenho do organismo, fornecendo os nutrientes que ele precisa em diferentes momentos do dia.

    Além disso, manter uma disciplina saudável também melhora outros componentes, como o sistema imunológico e o trânsito intestinal. É possível dormir melhor, ter mais disposição e mais foco para as atividades cotidianas.

    Ainda, é uma prática essencial para quem possui objetivos como perder peso ou repor vitaminas em falta.

    Inclusive, este é um dos principais pontos positivos na crononutrição aplicada corretamente, pois entender o relógio biológico do indivíduo permite entender o que seu sistema necessita para atingir metas corporais e de saúde.

    Logo, a rotina alimentar também é responsável por trazer diferentes benefícios para o paciente além da boa alimentação, como reposição de nutrientes, impactando de forma direta em sua qualidade de vida dentro do ambiente hospitalar.

    Rotina alimentar em hospitais: por que isso deve ser uma preocupação da gestão?

    O grupo em questão que, geralmente, se encontra hospitalizado, costuma apresentar uma condição de risco, onde não é possível realizar todas a ingestão de todos os alimentos e modos de preparos com as quais está acostumado.

    Dessa forma, é dever da instituição se preocupar com a devida reposição de nutrientes para indivíduos que se encontram em situações de recuperação médica.

    Embora todos os hospitais cumpram com essa exigência rotineira, nem sempre existem profissionais voltados para atender ao que o paciente e seu organismo precisa, no momento ideal e com as doses indicadas.

    Dessa forma, deixam de realizar um preparo personalizado, oferecendo uma alimentação padronizada, mas que não conseguem atender, de maneira completa e assertiva, às necessidades de cada hospitalizado.

    E uma vez que eles não conseguem buscar essa alimentação de forma independente, pelo seu quadro de repouso ou incapacidade física, o hospital e a gestão que administra esse setor devem oferecer toda a estrutura necessária para atendê-los.

    Deixar de prover uma rotina alimentar adequada para pacientes não apenas se configura como negligência médica, como também aumenta as chances de complicações na recuperação.
    Isso leva à necessidade de outros procedimentos, que colocam a vida do hospitalizado em risco e utilizam de mais recursos do hospital.

    Recuperação de pacientes e rotina alimentar

    Essas duas práticas estão relacionadas por conta da reposição de nutrientes que o organismo precisa para se recuperar de determinado procedimento.

    Mesmo que se trate de uma operação simples, por exemplo, o sistema passa por um grande esgotamento, dissolvido por meio de refeições equilibradas e descanso.

    Neste caso, a crononutrição é essencial para avaliar qual é o melhor período para o paciente consumir os alimentos, afinal, o desjejum também tem impacto direto nisso. 

    Por ser a primeira refeição do dia, ela precisa estar equilibrada e com todos os componentes essenciais para intensificar a energia e a recuperação da pessoa hospitalizada.

    Além disso, diversos quadros após procedimentos médicos podem melhorar ou piorar sem uma demanda nutricional adequada.

    Nos últimos meses, constatou-se que a rotina alimentar também se tornou aliada para a recuperação total de pacientes diagnosticados com Covid-19.

    Segundo informações de profissionais para o portal Pronep, a ingestão eficiente de nutrientes importantes auxilia no sistema imunológico e na readaptação plena das condições afetadas pela doença, como olfato e paladar.

    A amenização de sequelas dessas e outras enfermidades também provém de uma alimentação regrada, feita de maneira eficiente.

    Ainda, vale a pena reforçar que os hábitos de refeição de um paciente podem ser indicativos de outras doenças que estão se desenvolvendo.

    Com uma boa educação alimentar direcionada ao paciente, é possível evitar prejuízos maiores e focar de forma ativa em sua ampla recuperação por meio de alimentos nutritivos. Desta maneira, a fome começa a ser percebida e tenha vontade de se alimentar dentro do hospital pode vir a se intensificar. 

    Isso porque a perda de apetite é um dos sintomas que podem se manifestar em alguns casos, levando a uma diminuição da energia e aparecimento de outros indícios.

    Por esse motivo, é essencial que os médicos e especialistas utilizem a rotina alimentar como forma de acompanhar os pacientes durante o seu processo de readequação, como um nutricionista e um nutrólogo. 

    Enquanto um nutricionista promove uma rotina alimentar adequada com os horários e necessidades do paciente, recomendando uma ingestão de nutrientes equilibrada, o nutrólogo ajuda a diagnosticar, tratar e prevenir doenças ligadas ao metabolismo.

    Em diversos casos, a baixa recuperação de hospitalizados, em decorrência da sua fragilidade, pode proporcionar o surgimento de novas enfermidades, comprometendo sua saúde novamente.

    Dessa forma, é necessário não apenas que ele se alimente corretamente, nos horários que melhor atenderem seu organismo, mas também tenha um acompanhamento para monitorar esses sintomas que podem surgir.

    Esses profissionais, além de amplamente capacitados para montar uma rotina alimentar personalizada para o paciente, conseguirão aplicar conceitos de crononutrição focando no bem-estar e nas necessidades particulares de cada indivíduo.

    Como montar uma rotina alimentar em hospitais

    Um dos primeiros passos para montar uma rotina alimentar em hospitais é se utilizar de cronogramas organizados e profissionais habilitados para essa operação.

    As instituições de internação preparam milhares de refeições diárias e, sem um planejamento adequado, é difícil atender às demandas nos horários corretos.

    Além disso, é essencial ter o acompanhamento de um especialista em nutrição clínica, que indica quais as reposições energéticas que cada caso necessita. Isso significa que um indivíduo pode realizar uma refeição completa em determinado momento, mas outro quadro exige somente lanches leves. Afinal, a falta de apetite também pode ser atribuída a outras patologias, fazendo com que esses profissionais também se adequem às escolhas de cardápios.

    É importante reforçar que ter especialistas em diferentes áreas é essencial para elaborar uma rotina alimentar compatível com as necessidades de cada internado.

    Isso significa contar com uma equipe multidisciplinar preparada para desenvolver as etapas de atendimento nutricional do paciente da melhor forma possível.

    Por exemplo, nutricionistas devem aplicar a crononutrição para entender como o relógio biológico do indivíduo funciona e, assim, propor o melhor cardápio. 

    Enquanto isso, o nutrólogo monitora e diagnostica, mais rapidamente, possíveis doenças que se manifestam a partir do comportamento alimentar do paciente.

    Unido a eles, é fundamental que existam profissionais capacitados para preparar as refeições com máxima segurança, eficiência e aproveitamento.

    Para não sobrecarregar a sua equipe interna com essas tarefas, e permitir uma máxima concentração em cada estágio, é indicado avaliar a contratação de companhias qualificadas e que atendam a esse ponto com excelência. Assim, recomenda-se a contratação de equipes qualificadas para administrar essa distribuição e o preparo adequado dos alimentos quando for necessário, visando maior satisfação e foco na recuperação do profissional.

    O que deve ser considerado na montagem da rotina alimentar em hospitais?

    Antes de montar uma rotina alimentar, é fundamental que a gestão se preocupe com as orientações especializadas para o setor, seguindo o fluxo operacional de recebimento, preparo e distribuição.

    Para ser possível aplicar conceitos como a crononutrição no atendimento de cada paciente, os profissionais devem focar nos casos atendidos, pois eles devem ser personalizados e monitorados com atenção.

    Entretanto, sem planejar um fluxo estratégico com cada etapa, aumentam as chances de atrasos ou das equipes se sentirem sobrecarregadas, especialmente em grandes instituições, que se preocupam com a rotina alimentar de centenas de pacientes.

    Por esse motivo, é essencial considerar um fluxo adequado para cada instituição, de modo que o recebimento das indicações profissionais, o preparo das refeições e a distribuição nos horários corretos possam acontecer de maneira eficiente.

    Para auxiliar nesse planejamento, o Ministério da Saúde possui diversos guias para alimentação saudável e preparo de alimentos hospitalares, com indicações e normas que precisam ser seguidas.
    Acompanhar essas publicações facilita o trabalho dos profissionais no momento de montar os cronogramas e as refeições dos pacientes.

    Além disso, é fundamental que exista uma padronização no departamento nutricional do hospital, para atender a demanda e otimizar o trabalho.

    Manter a devida atenção à higienização dos utensílios e ao uso de alimentos limpos também é importante, evitando a contaminação dos hospitalizados.

    Finalmente, vale a pena considerar práticas de alimentação consciente para montar uma rotina hospitalar saudável e equilibrada, de modo a aproveitar todos os aspectos do alimento e promover uma nutrição mais natural.

    A relação entre gastronomia clínica e rotina alimentar

    A gastronomia clínica é a prática de elaborar dietas equilibradas para pacientes durante a internação, com o apoio de nutricionistas e especialistas.

    Esse estudo aprimorado quanto à produção de refeições dentro de instituições de saúde é imprescindível para o sucesso da rotina alimentar.

    Nesse caso, ambos os conceitos se relacionam diretamente, pois visam atender aos pacientes da melhor maneira possível, oferecendo refeições elaboradas com atenção e que atendam ao seu relógio biológico para uma recuperação mais efetiva.

    Contudo, isso só pode ser feito após um estudo e entendimento de como as práticas culinárias funcionam na instituição.

    Realizar essa avaliação permite entender como os hábitos de cada centro contribuem para a recuperação dos hospitalizados, e qual a melhor forma de aproveitar os alimentos e seus nutrientes na composição das dietas.

    Isso porque permite entender como os hábitos de cada centro contribuem para a recuperação dos hospitalizados, e qual a melhor forma de aproveitar os alimentos e seus nutrientes na composição das dietas.

    Dessa forma, caminhando em conjunto com os protocolos de assistência nutricional, utilizado técnicas dietéticas e a arte culinária simultaneamente definem um cenário de atendimento e recuperação mais assertivas.

    Por esse motivo, vale a pena integrar esses dois conceitos, para estudar a gastronomia em hospitais e ter uma base mais sólida para montar cronogramas eficientes. Para isso, conte com uma empresa especializada no ramo. Conheça os serviços de Gastronomia Clínica que a Sodexo oferece para sua instituição de saúde.