Consciência Negra: Valorizando as origens por meio da gastronomia 

Acreditamos que a comida sempre foi mais do que alimento. É memória, afeto e propósito. No mês da Consciência Negra, celebramos histórias que atravessam gerações e, na cozinha, encontram um espaço poderoso de preservação cultural.  

A culinária afro-brasileira, por exemplo, nasce do encontro entre saberes ancestrais, criatividade e força. Em meio às adversidades impostas pela história, mulheres e homens negros transformaram ingredientes simples em pratos marcados por sabor. Cada receita é um capítulo vivo da trajetória de um povo que resistiu, ensinou, criou e deixou um legado que molda o paladar dos brasileiros.  

Na Sodexo, reconhecemos e valorizamos essa herança todos os dias. Ingredientes como feijão, milho, quiabo, inhame, coco e dendê atravessaram séculos e permanecem vivos no cotidiano dos nossos consumidores e de milhões de pessoas.

A força da ancestralidade no cotidiano  

A comida tem o poder de conectar passado, presente e futuro. Um prato específico, um cheiro vindo da panela ou o ritual de preparar uma receita carregam origens e pertencimento. Essa memória afetiva é um dos pilares mais fortes da cultura negra e uma das formas mais potentes de manter viva a ancestralidade.  

Para a chef e consultora gastronômica Angelita Marques, essa força sempre fez parte de quem ela é. Baiana, formada em Gastronomia e especialista em diversas cozinhas, da brasileira à mediterrânea, Angelita atua na Sodexo criando cardápios para escolas e universidades de todo o país, promovendo uma alimentação saudável, sustentável e conectada às raízes culturais brasileiras.  

Ela descreve a culinária afro-brasileira como uma herança que ultrapassa gerações:  

“A gastronomia afro-brasileira, construída em meio à desafios, carrega em cada prato a força de um povo que transformou resistência em sabor e tradição, nos revelando todos os dias a força de uma herança que ultrapassa gerações preservando sabores, histórias, laços e pertencimento”.

Suas memórias de infância, marcadas por mulheres baianas que cozinhavam com dedicação e técnica ancestral, moldaram sua identidade e trajetória profissional.  

“O cardápio era tão forte quanto poético. Não podia faltar o pé de moleque que era feito com rapadura derretida, farinha de mandioca e gengibre. E o “lelê”: bolo cremoso de milho finalizado com canela. O milho era pilado manualmente pra virar xerém e cozido em leite de coco que era ralado e coado em um pano mais alvo que sal”  

Na Sodexo, Angelita leva essa ancestralidade para workshops, formações culinárias e desenvolvimento de menus, ensinando técnicas que unem a cozinha de origem com tendências contemporâneas, sempre respeitando as tradições que fazem da gastronomia afro-brasileira um patrimônio vivo.

Diversidade, Equidade e Culturas que conectam

Na Sodexo, acreditamos que gastronomia é muito mais do que sabor. É conexão, valorização cultural e pertencimento. Por isso, diversidade, equidade e inclusão são pilares estratégicos que orientam nossas decisões e práticas, dentro das cozinhas, nos times e nas lideranças.

Reconhecer a ancestralidade e a contribuição negra para a culinária brasileira é parte da nossa luta antirracista e do compromisso com a equidade racial. Olhar para o passado é construir um futuro sustentável, onde culturas e histórias se unem para gerar inovação e impacto positivo.

Todos os dias, nossas equipes levam essa consciência para unidades, refeitórios e cozinhas em todo o Brasil, transformando experiências e fortalecendo relações. Porque na Sodexo, inclusão não é discurso: é ação que gera valor para pessoas, negócios e sociedade.