A Alimentação Complementar e o Método BLW na alimentação dos bebês
Saiba mais sobre o método que vai de encontro com o Guia Alimentar para crianças com menos de 2 anos e, como a Sodexo utiliza dele nos hospitais em que atende.
Os cuidados com a alimentação das crianças no primeiro ano de vida são fundamentais. A recomendação do Ministério da Saúde do Brasil é que o leite materno seja o alimento ideal para a criança até os seis meses. Ele oferece tudo o que a criança precisa para crescer e se desenvolver, sem necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água. Além disso, pelo leite materno a criança percebe sutilmente os sabores provenientes da alimentação materna. Isso facilita a aceitação dos alimentos que ela passará a receber.
Ao completar seis meses de vida, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indica que grande parte dos lactentes saudáveis já apresentam a capacidade para se sentar sem apoio, sustentar a cabeça e o tronco, segurar objetos com as mãos, explorar estímulos ambientais, entre outras habilidades que indicam que se pode iniciar a introdução de outros alimentos, denominada alimentação complementar (AC).
Uma abordagem de alimentação complementar muito difundida pelos seus benefícios multidisciplinares é o Método BLW (Baby-Led Weaning), que incentiva os bebês a explorarem alimentos sólidos de maneira autônoma, em vez de dependerem exclusivamente de alimentos líquidos ou papinhas. O BLW envolve oferecer alimentos saudáveis em pedaços adequados para o bebê pegar e levar à boca por conta própria, promovendo o desenvolvimento da autonomia, habilidades motoras, habilidades sensoriais e alimentação saudável desde cedo.
Esse método vai de encontro com as recomendações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos que enfatiza que, desde as primeiras refeições, a criança deve participar na hora de se alimentar. É importante que haja interação, além de desafios e atividades que testem suas habilidades. O uso das mãos é fundamental para o desenvolvimento motor, como tocar o próprio corpo, pegar objetos, senti-los e soltá-los. É claro que, nessa fase, pode acontecer um pouco de bagunça e de sujeira. Mas, em pouco tempo, a criança estará comendo sozinha e dando menos trabalho na hora da refeição.
Entre as vantagens do método BLW, está o estímulo à coordenação motora da criança, que aprende as funções orais: morder, mastigar e engolir de uma forma natural e no seu tempo. Além disso, a familiarização do bebê quanto às texturas e sabores dos alimentos permite que as chances de rejeitar alimentos diminuam. Os tipos de alimentos indicados para dar às crianças a partir dos seis meses são: frutas, como manga e banana, vegetais cozidos, e até cereais, como arroz e milho, entre outros alimentos.
O papel das escolas e hospitais na alimentação das crianças
Buscando oferecer as melhores experiências, com qualidade de vida e bem-estar para as pessoas, a Sodexo faz uso desta abordagem com os bebês tanto nas instituições de saúde como nas de ensino, é claro, respeitando e dando continuidade à forma que os pais estão acostumados a dar de comer para seus filhos. “Muitas vezes os pediatras dão orientações acerca da alimentação do bebê e, junto com os nutricionistas, entendemos quais alimentos serão oferecidos”, explica Ana Bernardes, gerente de produtos e nutricionista da Sodexo On-site.
Alanna Vargas, nutricionista clínica pela parte Food no segmento Escolas & Universidades Brasil, também conta que o método BLW pode ajudar a prevenir a seletividade alimentar e o desenvolvimento de aversões alimentares, uma vez que os bebês são expostos a uma ampla variedade de alimentos desde o início. “Ao participar das refeições em família, os bebês também têm a oportunidade de aprender com os adultos e desenvolver hábitos alimentares saudáveis, como comer em família, experimentar alimentos diferentes e ter uma relação positiva com a comida”, conta.
É importante ressaltar que cada criança é única e pode ter diferentes necessidades e capacidades de desenvolvimento. Antes de iniciar o BLW, é recomendado consultar um profissional de saúde ou um nutricionista infantil para garantir que o bebê esteja pronto para a introdução de alimentos sólidos e receber orientações adequadas.