
Cook for Change
Cook for Change: vem aí mais uma edição que celebra a sustentabilidade na cozinha
Na família de Renan Lemos, as opções de carreira eram claras: médico, engenheiro ou advogado. Ele chegou a seguir esse caminho e se formou em Direito, mas sentia que faltava algo. A virada veio quando decidiu investir na gastronomia, começando como auxiliar em um hotel no Rio de Janeiro.
O que começou como um trabalho de base se transformou em uma carreira sólida: passou por grandes centros de convenções, eventos e experiências que o ensinaram que ser chef vai muito além da técnica. Exige escuta, liderança e capacidade de transformar pessoas e ambientes.
A trajetória na Sodexo começou há dois anos, quando Renan aceitou um convite para atuar na área de Offshore. A experiência de cozinhar embarcado revelou um novo universo: equipes multiculturais, restrições alimentares específicas e a necessidade de adaptação constante.
Foi nesse contexto que Renan mergulhou na alimentação plant-based, especialmente ao criar cardápios que respeitassem culturas e escolhas alimentares diversas, como as de trabalhadores muçulmanos e indianos. “Imagine um trabalhador que passa seis meses embarcado sem poder comer a própria comida. Eu percebi que precisava criar algo que acolhesse e respeitasse”, lembra.
Hoje, atua como chef instrutor, formando profissionais para o segmento e reforçando a importância da autonomia e do trabalho em equipe. “Meu trabalho termina quando não sou mais necessário. Quando eles já sabem fazer sozinhos”, resume.
Apesar de sempre estar envolvido nos bastidores de grandes competições, nunca havia participado como competidor. Nos últimos anos, porém, sinais começaram a surgir: o casamento plant-based de uma prima, visitas a restaurantes estrelados em Paris e Roma com cardápios vegetarianos e veganos, e o aumento global da demanda por alternativas sustentáveis.
“Percebi que o plant-based deixou de ser tendência para virar necessidade. Se até restaurantes clássicos franceses estão mudando, é porque o mundo precisa se adaptar”, afirma.
Mesmo com incentivos desde sua chegada à Sodexo, Renan relutava em participar da competição. “Fui formado em cozinhas muito competitivas, brutas. Tinha receio do que isso poderia despertar em mim. Mas meu terapeuta dizia: você precisa viver essa experiência”, comenta.
Este ano, algo mudou. Ele se viu comprando pratos novos, testando ingredientes e até improvisando um estúdio em casa para registrar a receita. “Eu não participo para disputar. Participo para ganhar. E ganhar, para mim, é levar o nome da Sodexo Brasil para o mundo, mostrando que é possível transformar a alimentação de forma consciente e inovadora.”
Para Renan, criar um prato é como montar uma cena de teatro. Cada ingrediente tem um papel, uma textura, um impacto sensorial. “É uma história contada em silêncio, mas que fala muito”, diz.
E enquanto não chega o momento de “pendurar o avental”, ele já sonha com o futuro: uma casinha em Trancoso, com poucas mesas e comida que acaba quando o dia termina. “Esse é meu ideal de aposentadoria”, compartilha.
Com Renan Lemos, o Brasil e a Sodexo ganham um representante de técnica apurada, visão artística e compromisso com a formação de pessoas. Sua jornada traduz a essência da Sodexo: inovação, diversidade e impacto positivo.
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