Food Barometer

Os sistemas alimentares são complexos e trazem consigo diversos desafios socioambientais, sendo que a adoção de práticas sustentáveis se torna cada vez mais urgente. Como líder global em alimentação sustentável e experiências que geram valor, a Sodexo desenvolveu, em parceria com a Harris Interactive, a primeira pesquisa internacional de sustentabilidade chamada Food Barometer, focada em alimentação sustentável. 

Este estudo inédito se destaca pelo foco em amplificar as vozes dos entrevistados em diferentes países (incluindo o Brasil) e culturas, dando luz à compreensão da alimentação sustentável e decifrando potenciais lacunas entre percepções, intenções e comportamentos.

Lacuna entre percepções e comportamentos alimentares reais

A percepção que as pessoas têm de sua alimentação e a real sustentabilidade tem uma significativa discrepância. Sendo assim, 56% dos entrevistados consideram que o seu prato já é sustentável, mas, por exemplo, nos produtos lácteos (78%) e as carnes (71%) permanecem entre os alimentos mais consumidos regularmente, em comparação com os cereais (60%) e as leguminosas (45%), que inclusive possuem uma pegada de carbono notavelmente menor. Estes dados enfatizam os desafios resultantes dos nossos comportamentos alimentares para a transição para sistemas alimentares sustentáveis.

1/3 dos respondentes afirma ser difícil encontrar produtos que são realmente sustentáveis

As pessoas parecem mais receptivas a ajustar ou incrementar suas refeições do que fazer mudanças de hábito radicais. Quando questionadas sobre alternativas sustentáveis que podem introduzir em sua rotina alimentar diária, os entrevistados respondem com produtos similares aos que já consomem. Por exemplo, para substituir uma proteína animal, mencionam ovos e/ou laticínios. Inclusive a pesquisa Food Barometer revela uma certa relutância em abraçar alternativas menos convencionais, como produtos à base de plantas.

Acelerando mudanças por meio de uma alimentação sustentável 

Dois critérios surgem como as principais prioridades na hora de comprar alimentos: preço (73%) e sabor (62%) e não, necessariamente, são critérios relacionados com o impacto ambiental, as certificações e o fornecimento local na tomada de decisões do consumidor.

A pesquisa enfatiza a importância dos benefícios individuais em termos de saúde, sabor e economia. Embora os benefícios para a saúde e economia (preços mais baixos) ressoem por meio das gerações, as pessoas mais jovens estão mais sintonizadas com os benefícios coletivos, como o impacto ambiental e a participação neste movimento.

Para impulsionar a mudança, os entrevistados apontam os agricultores como os principais agentes de mudança, seguidos pela indústria agroalimentar e por outros cidadãos. O governo e as ONGs, bem como outros atores institucionais, desempenham papéis secundários, de acordo com a pesquisa.