Regras da limpeza hospitalar
A higienização hospitalar requer cuidados redobrados e por isso a ANVISA determina uma série de determinações de limpeza para esse ambiente. Saiba mais!
Sabemos que o ambiente hospitalar abriga uma grande quantidade de vírus, microrganismos e bactérias, responsáveis por doenças e enfermidades de todos os níveis. Para evitar que se espalhem e causem grandes danos, existe todo um cuidado a ser realizado. São estabelecidas regras de limpeza com protocolos específicos para cada área, que passam pela limpeza, desinfecção e esterilização.
A higienização é toda prática voltada para remoção de sujeiras em superfícies e aparelhos hospitalares. Esse processo é seguido pela desinfecção, que busca reduzir ou eliminar todos os microrganismos dessas regiões.
Entenda melhor acerca das normas de higiene hospitalar, saiba quais são as práticas que devem ser adotadas e outras informações pertinentes sobre o assunto.
10 principais regras da limpeza hospitalar
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por fiscalizar o cumprimento das leis de funcionamento e higiene de estabelecimentos, inclusive de hospitais públicos e privados. O não cumprimento das normas está sujeito a punições da agência.
Segundo o Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfícies desenvolvido pela ANVISA, as normas consistem na limpeza, desinfecção e conservação das superfícies e equipamentos dos diferentes setores existentes em um hospital.
São consideradas superfícies elementos como: pisos, mobiliários, portas e maçanetas, divisórias, janelas, tetos, pias, macas, bancadas, ventilador, luminárias, bebedouro, instalações sanitárias, aparelho telefônico e outros. São entendidos como equipamentos itens como computadores, desfibrilador, eletrocardiógrafo, maca hospitalar, monitor multiparamétrico, bombas de infusão e suporte para soro e mais.
Existem diretrizes que devem ser seguidas para essa finalidade, as principais delas são:
- Usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) apropriado com a atividade que será realizada;
- Jamais realizar varreduras de superfícies a seco, isso favorece a dispersão de microrganismos que estão nas partículas do pó;
- Sempre utilizar a varredura úmida, com mops ou rodo e panos apropriados;
- Na higiene de pisos é necessário seguir as técnicas de varredura única e também as etapas de ensaboar, enxaguar e secar;
- Quando houver a presença de matéria orgânica nas superfícies será preciso removê-la. Depois dessa remoção será necessário realizar a limpeza e desinfecção, com desinfetante especificado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH);
- Produtos saneantes devem estar registrados ou notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- Em quartos que comportam pacientes sinalizados com precauções e isolamentos, é recomendado a utilização de kit de limpeza e desinfeção exclusivos e panos descartáveis;
- Os panos destinados à faxina de pisos e mobílias são descartáveis, aumentando a segurança sanitária;
- Os equipamentos precisam ser limpos a cada término da jornada de trabalho;
- Ao limpar os corredores, o profissional responsável precisará sinalizar com placas informativas e deixar um lado livre para o trânsito de pessoas.
Segundo o documento de Prevenção de Infecções por Microrganismos Multirresistentes em Serviços de Saúde, a quantidade de vezes necessária para a higienização deve seguir as diretrizes da ANVISA, conforme a classificação a seguir:
Áreas críticas
Dizem respeito àqueles ambientes onde há risco aumentado de transmissão infecciosa, porque costumam ocorrer procedimentos de riscos, com ou sem a presença de pacientes, bem como onde estão localizados os pacientes imunodeprimidos.
Por exemplo: Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e infantil, Centro Obstétrico, Unidade de Transplante, Unidades de Isolamento, Unidade de Diálise, Central de Material e Esterilização, Farmácia e Lavanderia, Unidade de Queimados, Banco de Sangue e Laboratório de Análises Clínicas.
Áreas semicríticas
Compreendem todos os locais ocupados por pacientes com doenças infecciosas de pouca transmissibilidade e doenças não infecciosas. Locais como: ambulatórios, enfermarias e apartamentos, elevador, corredores e ambulatórios.
Áreas não críticas
São os demais ambientes assistenciais de saúde não ocupados por pacientes ou onde não são feitos procedimentos de risco. Setores como copa, áreas administrativas, secretaria, almoxarifado e vestiários.
Por que a higienização em hospitais é tão importante?
A infecção hospitalar é um grande problema enfrentado nos hospitais. Dados do Ministério da Saúde constatam que no Brasil cerca de 14% dos pacientes internados são expostos a algum tipo de vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
No contexto mundial, os números também impressionam, já que, segundo a ONU, 1 em cada 10 pacientes sofrem com infecção hospitalar.
O ambiente é uma frequente fonte de transmissão de patógenos associados à infecção hospitalar. As superfícies ambientais representam um grande reservatório de microrganismos e, por isso, a higienização é uma atitude fundamental para prevenir infecções do gênero.
Superbactérias x limpeza hospitalar: entenda a relação
Superbactérias são bactérias resistentes a três ou mais classes de antibióticos. Mas não são apenas as bactérias que adquirem tal resistência, pois vírus, fungos e parasitas também contam com grande capacidade de mutação, tornando-se resistentes a antivirais, antifúngicos e antiparasitários.
O principal meio de transmissão dos microrganismos multirresistentes é através do contato, que pode acontecer sobretudo a partir das mãos dos profissionais de saúde quando não há correta higienização, bem como através da contaminação de superfícies e equipamentos.
A limpeza é a grande aliada no combate de microrganismos nocivos à saúde, quando ela não é feita, ou é realizada superficialmente, cria-se um ambiente ideal para a reprodução e proliferação desses organismos vivos.
Isso porque a resistência microbiana ocorre quando os microrganismos sofrem com mutação e passam a apresentar resistência aos medicamentos, tornando as infecções mais complexas de serem tratadas, aumentando o risco do contágio e propagação de doenças graves, podendo, inclusive, acarretar morte.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a resistência microbiana é um grave problema de saúde pública a nível mundial. O grande problema é que a resistência aos antimicrobianos só cresce, enquanto as opções de tratamento ficam cada vez mais escassas.
Apesar de a falta de limpeza hospitalar não ser o único contribuinte na criação de superbactérias, é uma das causas que facilitam todo processo.
Sodexo Protecta para fortalecer a higienização em hospitais e clínicas
Sodexo Protecta é um programa voltado para hospitais privados e busca oferecer medidas preventivas e tecnologias para controlar e diminuir os índices de infecção hospitalar.
Ele é um grande aliado de hospitais porque adota um conjunto de melhores práticas, a fim de aplicar medidas eficazes na prevenção e controle de vírus, microrganismos e bactérias.
A Sodexo estruturou o Protecta para executar uma desinfecção hospitalar completa, a partir de recursos tecnológicos como o equipamento de luz UV-C. O programa ainda utiliza produtos químicos de última geração, além de conseguir monitorar continuamente os processos.